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sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Dor de Onze de Setembro


  Dor de Onze de Setembro






Lá de cima, no céu vem aquele imenso clarão
Acompanhado de um grande trovão
Colocando em desespero a população,
O povo correndo em comoção
Gritos de horror, salvem a multidão!
Tá tudo caindo, o mundo se destruindo
Terremoto se esvaindo...

A torre se diluindo...
Aquele arranha céu lindo !
Agredido por monstros alados.
O fio dos desesperados...

Pobres coitados !
Dentro dos dois paus gigantes viraram nada !
Esse nada que hoje é tudo
Que sobrou do fim do mundo...

A Torre de Babel bendita
Caiu na armadilha maldita,
Deixando como herança setembrina
Mais um exemplo que alucina...

A dor cravada no peito
Não cessou direito
E todo ano tem o mesmo efeito
De quem morre, sofre e carrega para sempre
A dor do luto no peito...



Marcelo de Oliveira Souza,IWA -  Salvador - BA - Brasil

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