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sábado, 25 de julho de 2015

77ª CIRANDA MENSAL CAPPAZ- 2015_ O ESCRITOR E A LIBERDADE DE PENSAMENTO_(som_imagine_John Lenon)-17 PARTICIPAÇÕES


 
 
 
 
Abertura - 77ª Ciranda Mensal CAPPAZ
Amigos da CAPPAZ!
Em nome da Presidente Fundadora, Joyce Lima Krischke e de Eliene Dantas de Miranda, Coordenadora das Cirandas tenho a honra de convidá-los para participação na Ciranda Mensal que tem como tema: LIBERDADE DE PENSAMENTO.
Em nossa opinião o livre pensar começa com a palavra respeito, mas não é sinônimo de tolerância com ações que agridem as liberdades individuais.
É manifesto na CAPPAZ o valor do ser humano em sua vivência de respeito ao próximo e à natureza, portanto, convido poetas e artistas Confrades e Confreiras para que envie seus trabalhos contribuindo com o brilho de nossa Ciranda.
Sempre PAZ e BEM!
 
Sidney Poeta Dos Sonhos
 
Santos-SP, 18/07/2015
 
 




 
 
Participações
 
01.
Liberdade de escrever
Tânia Souza

O material do escritor é a palavra:
a palavra inspirada pelo pensamento
pelo livre pensamento que voa
nos recônditos da alma do que escreve
e que se traduz por signos, que o representam.
 

Imagine um escritor sem essa liberdade:
liberdade de expressar seu pensamento livre...
Seria como um pássaro que canta engaiolado
seu canto triste...
 

O artista da palavra precisa que ela viaje,
que perpasse o tempo e o espaço
e que atinja outras almas
O simples fato de registrar seus sentimentos
já alegra esse artista,
porém muito mais o gratifica
o poder tocar o âmago de outrem.
 
Inédito
Balneário Camboriú/SC
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02.

Escritor e a Liberdade de pensamento

Joyce Lima Krischke

..."Existe um povo que a bandeira empresta

P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...

E deixa-a transformar-se nessa festa

Em manto impuro de bacante fria!...

Meu Deus! Meu Deus! Mas que bandeira é esta,

Que impudente na gávea tripudia?"...

   Castro Alves

A liberdade de expressar opinião e de pensar é algo anterior às leis.
O Escritor e a Liberdade de Pensamento são essenciais para o desenvolvimento pleno da vida e construção da sociedade.
É impossível, impor regras de conduta ao pensamento dos humanos!
O pensamento é essência dos humanos...
Mas, constata-se que a manifestação e a exteriorização do pensamento no decurso de séculos da existência humana foram sempre regidas por condições e regramentos sociais, religiosos e jurídicos formais e até sutis.
A Constituição Brasileira de 1988 em seu bojo pretende assegurar a liberdade de pensamento e de expressão. Em conseqüência protege, expressamente, a exteriorização de opinião e, em conseqüência, proíbe censura.
Oh! Quanto fingimento vemos e ouvimos, muitas vezes em silêncio...
Sim, já vi e ouvi pessoa culta e letrada, ser humilhada, ante seus pares, por manifestar pensamento diverso aos de alguns "ditos líderes".
Vejo que muitos são, veladamente, proibidos com elegância de expor seus pensamentos, idéias e ideais...
É nesse foco que vejo a importância do escritor abrindo caminhos, os mais diversos através da manifestação dos seus pensamentos, em palavras escritas, que permanecerão através dos tempos.
As palavras escritas – manifestação de pensamentos -  são elementos basilares da liberdade de expressão.
Desta forma, o que a Constituição faz ao consagrar a livre manifestação de pensamento é dar existência jurídica ao chamado direito de opinião ou direto de manifestação do pensamento, que tem no escritor elemento chave na expressão do pensamento e da verdade.
Infelizmente, ainda, constatamos no dia a dia conseqüências de mecanismos de controle dissimulados, que operam no sentido de dirigir e manejar o pensamento das pessoas e das massas para os objetivos visados por certas áreas da sociedade e ideologias.

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Balneário Camboriú/SC, 18/07/2015- 22h45min

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03.
REPENSANDO MEU DIA
Josue  Ramiro Ramalho 
 
Outro dia
Acordei com o canto do galo
Que na madrugada
Ditava a noite em horas do tempo
O respingar de estrelas cadentes
Em lua crescente
Assediava a falange de seres dispersos
No amanhecer do dia
Que tanto ameaçava raiar
Gotículas de céu intumesciam folhagens
E o clarear da estrela maior
Difundia um balé de cores mórbidas
No meu soliloquiar
Vilipendiei minhas excrescências
Quando a imensidade universal
Atestou mais uma noite subtraída
O ribombar de ondas fortes
Em mares revoltos
Demonstrava a força de um ser gigantesco
Era o Deus em girassol
Assumindo o canto de um novo dia
Em energias dispersas
Para todo universo
E os seres que nele vagueiam
Meditei meu tempo sobremaneira
E percebi que em todos habita
Esta fonte incomensurável
De energias em ser
Que a tudo esculpiu
Sem hora a vagar
No início do todo
Então o dia esquivou-se
Para o meu repensar!
 
Inédito.
Salvador - BA
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04.

É  PRECISO
Josue  Ramiro Ramalho 
 
É preciso ouvir o silêncio!
Olhar para o infinito
Em sua plenitude
Absorver todos os raios de sol
Observar o desfraldar da lua
E sua magnífica beleza no espaço etéreo!
É preciso contar estrelas!
Acariciar a mãe natureza
Beijar os filhos das matas
Amar as vibrações da terra
E desbravar as ondas fortes do mar
É preciso sentir sua própria existência
Apreciar com amor suas reflexões
Nas noites onde o encanto te desencanta
Onde a dor for imensamente tua
Então...
Tenha sede de fraternidade
Pois a alegria que brotará de teus poros
Será filha única de tua inquietação
Argumento óbvio de toda essa...
Complexidade!
 
Inédito
Salvador - BA
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05.
ADÁGIO
Sidney Santos - Poeta Dos Sonhos
 
Aos poetas jovens e poetas moças
Nos escritos à debruçar
Aos poemas lúcidos e poesias loucas
Salve o livre pensar
A dúvida, o mundo move
O tempo passará
Mas o dito permanece, pois à alma comove
 
Santos, JULHO de 2015
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06.
Alma de Escritor
Paola Rhoden 
 
Escrever é uma arte onde o pensamento voa pelos remansos de rios, lagos, mares, jardins, e todo e qualquer lugar onde a alma do poeta possa estar.
Enquanto as letras tecem histórias pelos meandros da   vida, movidas céleres pelos dedos ágeis do escritor, as facetas são deixadas pelos cantos gritados aos ventos, como marcas que indelevelmente são gravadas pelos caminhos, andados ou não, pela complexa humanidade.
Enquanto o pensamento for livre, livre será a expressão de quem molda em prosa e verso os acontecimentos que formam a memória de um mundo onde, mesmo que não se queira, registra a vida como ela é.
Assim é aquele que toma em suas mãos a tarefa de colocar em palavras, o que lhe vai no coração.
 
 Inédita
Brasília - DF
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07.
A Força do Escritor
Marcelo de Oliveira Souza
 
Sem destino , perdido,
Pobre, desvalido.
Nunca olhado...
Muito menos, notado,
Preso em suas angústias
Em suas ideias...
 
Ele sonhava com tudo
Mas não possuía nada
Na força da palavra
Escrita,
Começou a se encontrar.
 
Escreveu, rimou
Cresceu, imaginou
Seu sonho sedimentou
Onde sua estrela começou brilhar.
 
Contou, uniu, se engajou
Casou com a rima
Rimou no casamento,
As palavras deram-lhe o pão.
 
Um sonho construído
Fez-se a emancipação
Agora , amado
Antes , armado
com a dor
Ganhou vida
Alegria e muito amor,
Tornando-se um verdadeiro
E s c r i t o r.

Salvador - Bahia
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08.
O Escritor
Vera Passos
 
O escritor viaja nos trilhos da pauta
Perde-se nas paralelas,encontra-se nos textos
Viaja com Pégasus as estórias encantadas, dialoga nas fábulas
Desce ao caos do palavriado chulo dos becos escuros
Transporta-se no rio dos olhos e alcança o oceano
Faz o romance desaguar numa cascata de beijos, no teatro
Desmaia no espaço sideral na praça das estrelas
Arranca do ar a lua, faz banhar-se no mar
Vagueia nos desertos, sacia no Oásis
Escala montanhas, descobre segredos
Fotografa a vida alheia, inventa a ficção
Estende a mão no auto-ajuda
Disputa sensualidade mediando o sexo a três
Participa da libido exarcebada dos amantes
Brinca na inocência dos que desabrocham a vida
Dispensa solidariedade nas mensagens benfazejas
Nas crônicas revela as imagens perfeitas
Desvenda os segredos dos seres pré-históricos
Zumbis mitológicos em pura evidência
Haja ciência a desvendar, alça vôo para apaziguar guerras
O escritor é livre pensador,foge da gaiola do pensamento
Na excursão, via on line, alcança o GLOBO...a TERRA...
 
Salvador- BA
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09.
O Escritor
Vera Passos
 
Vagueia nas folhas dos livros tua pena
Juntam-se pequenos símbolos de codinome fonemas
Milhares se acoplam e geram expressões
Deslizam do pensamento, da imaginação
Versando , compondo, contando estórias,
Romances das mais variadas cenas
Intrigas, policiais, fatos cotidianos do sistema
Enche estas páginas de belas expressões.
 
Salvador- BA
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10.
Escrever ou não escrever???
Akasha De Lioncourt
 
O desafio de falar sobre a era virtual para quem escreve é grande.
Há muitos prós e contras para serem levados em conta e às vezes não é muito bom pensar nisso por essas perspectivas. Claro que pelo lado positivo temos o fato de que a internet trouxe muito maior acessibilidade a livros e obras literárias, principalmente com o advento dos e-books e dos sites de poesias e textos literários.
Por outro lado, vemos crescer dia após dia a quantidade de pseudo poetas que escrevem textos repletos de erros gramaticais, concordância, dizem que isso é permissividade poética e chamam seus textos de poesias ou prosas. Claro que não existe faculdade de poeta ou escritor mas é necessário que haja pelo menos bom senso no escrever.
Com isso, vemos aumentar também o plágio e a falta de preocupação em dar o devido crédito ao autor de um texto que vemos publicado ou divulgado via e-mail. Isso quando não dão o crédito equivocamente ou de forma mal intencionada mesmo. Jabor nunca escreveu tanto em sua vida textos dos quais nunca tomou conhecimento.
Távola teve uma crônica maravilhosa que por muitos anos foi creditada ao não menos fantástico Drummond.
Victor Hugo é questionado até hoje com seu Desejo mas ninguém conseguiu me provar irrefutavelmente que o poema não é dele.
Crônica de Amor do Freire até hoje é creditada ao Jabor e até mesmo à Martha Medeiros. E até textos de desconhecidos são creditados a autores famosos apenas para ganhar notoriedade na rede quando deveriam ser postados com o verdadeiro nome do autor.
Enfim, a era digital é controversa e problemática mas eu quero acreditar que ela popularizou a literatura e tornou tudo mais fácil.
Quero crer também que os contras são menores do que os prós (nem vou parar pra mensurar um e outro, vou deixar por conta da minha esperança e otimismo) e que um dia as pessoas terão mais amor pela língua que falamos, a ponto de se importarem em escrever corretamente, sem vícios de internet e que esse amor se estenda pelo país inteiro para que possamos ser um país muito melhor do que somos hoje. Tudo começa com amor, seja ele por nós mesmo ou pela pátria que nos acolheu, seja no nascimento, seja na tenra ou mesmo na meia idade. E esse amor deverá ser a mola propulsora para que escritores como nós, que colocamos a alma em nossos escritos (ouso chamar os meus de rabiscos) possamos levar o nosso amor a mais leitores através do mundo digital.
 
São Paulo- SP
 
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11.
Escritor e a Liberdade de Pensar
Joyce Lima Krischke

"Sim, escrevo versos, e a pedra não escreve versos. 
Sim, faço idéias sobre o mundo, e a planta nenhumas. 
Mas é que as pedras não são poetas, são pedras; 
E as plantas são plantas só, e não pensadores. 
Tanto posso dizer que sou superior a elas por isto".

Fernando Pessoa

Saio na rua a cantar... pensamento no ar
Pra todos meu pensar, sigo a declamar
Paz e bem - sou escritora no mundo virtual
Cantar alto o que penso... muito   legal!
 
E, assim vou trilhando minha vida
Declamando a poesia escrita e vivida
Semeando pensamentos... sigo além
Sou escritora liberta na Paz e no Bem
 
Sim, meu pensamento exteriorizo
Mesmo quando vejo certo sorriso...
Ah! Sorriso "a meia boca" pode magoar!
 
Palavras de Paz e Bem escrevo e liberto
Sim, com consciência que agirei certo
Penso e repenso antes de escrever e falar.
 
Balneário Camboriú/SC- 19/07/2015- 20h22min
 
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12.
PENSAMENTO  LIVRE
Fernando Alberto Salinas Couto

Diferente de outros seres,
é inegável que o humano
sofra muitos desenganos
por causa de seus poderes
que, como ser pensante,
tornam sua vida periclitante.
 
Eis que ele pode controlar
quase tudo neste mundo,
desde os caminhos a trilhar,
até o sofrimento profundo.
Até a morte pode prever
e deter os bons momentos,
mas nunca poderá deter
seus próprios pensamentos.
 
Inédito
 
RJ – 21/07/15
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13.
BRIGA NO ALFABETO
Luiz Menezes de Miranda
 
Em uma briga alfabética
Para compor as estrofes
De uma obra literária
Letras se espalharam ao chão.
Como a vírgula estava no meio
Certos versos perderam o sentido
Acentos, alheios a tudo
Apenas observavam a discórdia
A oração de mãos juntas
Dizia para a poesia
Só nos resta rezar
Eis que de repente
Surge o travessão
E na sua interlocução
Em discurso direto
Em pose de substituição
Dos parênteses, vírgulas e dois-pontos.
Determina.
Ponto final
Componha-se o Poema.
 
Salvador- BA
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14.
LIVRO
Luiz Menezes de Miranda
 
Não quero conselho, não quero virtude, não quero privacidade.
Não matem minha fome, não grifem o meu nome, ensinem-me a viver.
Não apelidem meu eu, não apaguem meus sonhos, não culpem meus pais, eles não são produto do meio.
Não atem minhas  mãos, não me privem a caneta, não calem o grito que ecoam  meus dedos.
Não se apossem de mim, não firam meu ego,  eu tenho uma arma, eu posso lutar.
É fácil iludir, concordo, é fácil mentir, contesto, o tempo passa, ele fica, difícil é ceder.
Eu quero a liberdade de  ter uma livro nas mãos e  viajar na leitura sem que nada me impeça.
É a  arma que tenho, é bem  poderosa, não mata, educa.
Encarcerem-me,  até permito.
Ficando meus livros, nada eu perdi.
 
Salvador- BA
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15.
PENSO, LOGO EXISTO... MAS COMO EXISTO?
Eloisa Antunes Maciel
 
Se "penso, logo existo", como existo?
Mas o próprio Descarte se omitiu...
Com seu simples pensar – não mais que isso -
Ao "como escrevo" não se referiu...
 
Se penso sob um molde pré- existente,
Em simples adesão ao superado,
Talvez eu seja mero conivente
Com ideal há muito ultrapassado...
 
E ao expressar – me através de escritos,
Poema ou prosa, poderei pecar
Pela defesa de ideais prescritos,
Tendendo o superado propagar...
 
Mas em meus textos tenho o compromisso
De revelar meu livre pensamento,
Embora eu deva "responder por isso",
Ao desvelar meu posicionamento...
 
E nesse jogo em que os contendores
Pensam e existem em interação,
Não há vencidos e nem há vencedores...
Mas precursores da superação...
 
São Martinho da Serra/RS
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16.
LIBERDADE DE EXPRESSÃO
Estela Frutos Braud

Vêm livres nossos pensamentos
Atropelando-nos muitas vezes...        
E também nos fogem ou ficam lentos,
Difíceis de capturar, passam fugazes...
A grande vantagem está em expressá-los,
Sem amarras e sem censuras,
Nada de cortes a tolhe-los.
Correm, embaraçam-se em nossa imaginação,
Desrespeitam-se na compostura:
Livres, soltos buscam apenas inspiração.

Inédito
Balneário Camboriú-SC
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17.
O OLEIRO DA POESIA
Neneca Barbosa
 
O poeta é como um hábil oleiro
Usa as mãos para seus versos compor
É de sua verve seu próprio obreiro
Cada poema modela com primor.
 
Oferece ao leitor com primazia
Como se fosse uma bela canção
Precisa ser regado a cada dia
Não o deixe murchar no coração.
 
A poesia é para o poeta fogo ardente
Que aquece com amor a alma extasiada
Ao ouvir cada manhã o som dolente
Trazido pelo gorjear da passarada.
 
O poeta é dos sonhos o construtor
Seus versos retratam a realidade
Que existe no mundo do observador
É só olhar com sua sensibilidade.
 
A natureza é arte do Criador
Não é pelo avanço da tecnologia
Que vai transformar a essência da flor
O oleiro da poesia cria todo dia.
 
                                                       João Pessoa - PB                                                                                          
 
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Encerramento e Agradecimentos
 
 
 








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