|| projeto publicação premiada texto: 84
Autora: Arlete Medeiros
Autorizo publicação
CANSADA
Cansada, estou de tudo
Não aguento mais nada
Os tropeços da vida
Que me deixa enfesada
Cansada, agora estou
Por tudo resolver
Ninguém dá o valor
Não sei porque sofrer
Cansada vou seguindo
Sinto vontade de parar
Jogar tudo para o alto
E a vida, recomeçar
Cansada sigo em frente
Sem prestar atenção no presente
Não vale á pena sofrer
Por pessoas, que não ligam para a gente
A vida me ensinou
Não olhar para traz
Mais lá atrás, era feliz
O presente, ja não satisfaz
Cansada, fico agora
Com problemas sem fim
Peço à Deus, todo dia
Que tenha misericórdia de mim
Cansada até de pensar
Se fosse um pássaro, ia voar
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: Por família desunida
Não vejo mais, nenhuma saída
Que adianta ter tudo
Ao mesmo tempo,nada
Cansada resolvendo tudo
Cansada, segurando a barra
Cansada, de prosseguir
Cansada, para agir
Até mesmo para fingir
Que todos gostam de mim
Arlete Medeiros
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: || Projeto Publicação Premiada.
Texto 138
Autora: Maria Pinto da Silva
Autorizo Publicação.
MINHA LINDA FLOR DE MAIO
Minha linda flor de maio
Dona da maior beleza.
Do meu mais sincero amor
Meu tesouro, minha riqueza.
Seu é o melhor perfume
Fragrância que me embriaga
De amor e de carinho
Nas mãos que melhor afaga.
Minha linda flor de maio
Tem o cheiro da bondade.
De esperança e consolo
De paz e felicidade.
Suas pétalas são de fé
No olhar que alimenta.
No sorriso que acalma
E no colo que sustenta.
Minha linda flor de maio
Formosura do jardim.
Me encanta com seus encantos
És a mais bela para mim!
És a razão do meu ser
Vida da minha vida
E do meu coração és
O som de cada batida.
Minha linda flor de maio
Rainha do meu amor.
Te amarei eternamente
Minha mãe, minha linda flor!
Maria Pinto da Silva: 07/05/2014
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: II projeto de Publicação Premiada
Autora: Leonice Teixeira
Texto número: 48
Autorizo Publicação
NÃO DESISTA DE MIM
Não desista de mim,
Mesmo que o céu chore o desamor.
O sol tímido se esconda
E o arco íris perca a cor.
Não desista de mim,
Se a flor não se abrir
E mesmo que o seu coração,
ainda não esteja apaixonado por mim.
Não desista de mim..
Nem um minuto,
nem um pouquinho,
Pois sem ti, meu coração fica miudinho.
Fico tênua de emoção,
só de te imaginar
Pegando em minha mão.
Sou criança órfã
Sou semente sem chão
Sou borboleta sem flor
Sou nascente sem ribeirão.
Vem, olha em meus olhos,
Aqueça meu coração,
Me regue com carinho
Me faça crescer e construa
em meus braços o teu ninho.
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: II projeto de Publicação Premiada
Autora: Leonice Teixeira
Texto número: 49
Autorizo Publicação
A VOZ DO SILÊNCIO
Uma pessoa que se sente sozinha geralmente está mais angustiada, deprimida e hostil, e tem menos probabilidades de realizar atividades físicas ou culturais. Pessoas solitárias tendem a ter mais relações negativas com os outros, perdem a vontade pra tudo e a cada dia se isola mais. E os efeitos prejudiciais da solidão não terminam quando se apaga a luz: a solidão é uma doença que não descansa, que aumenta a frequência dos pequenos despertares durante o sono, e faz com que a pessoa acorde esgotada.
João teve tudo na vida: dinheiro, fama, mulheres e muitos amigos.
Todos lhe bajulavam, era muito querido. Veio do nada e teve tudo do bom e melhor na vida, e, a vida lhe escancarava belo sorriso e lhe presenteava com roupas caras, festas e muita euforia. Entretanto, não lhe disse que um dia cobraria.
O tempo passou, a juventude, a saúde e o dinheiro se foram, e levaram juntos o sucesso e os amigos. Ademais, João não se preparou para a velhice, não construiu amizades sólidas, não construiu família...Assustado, percebeu que pouco lhe restou e o que ganhou na vida, foi um grande fantasma chamado "vazio", que lhe agarra com fortes braços e sem piedade lhe castiga.
Ele caminha a passos indecisos, teve mil amigos e nenhum contigo. Senta-se no sofá da sala, olha o vazio, nenhum barulho, nenhum sorriso... vai até a janela e olha o infinito, o vento lhe beija o rosto e acaricia sua pele flácida, enrugada pelo tempo e nenhuma resposta lhe traz.
Então, perambula até o quarto e o silêncio dá um grito que lhe corta o coração e nada mais lhe resta que um sombrio colchão e tentar dormir, abraçado com a solidão.
Se recorda dos tempos felizes que o passado lhe dera e por um orgulho maldito, não valorizou o que tinha valor. João foi inconsequente, assim, como muitos outros Joãos e Marias desta vida. Ele jogou ao léu, boa parte de sua vida. Agora, resta-lhe a voz do silêncio que lhe tortura e o murmúrio dos acordes de violão amigo, que mais parece um triste lamento.
Em suma, ainda haverá tempo para uma mudança de vida. Tempo para jogar para longe a nostalgia do passado, juntar o pouco de forças que lhe sobraram e fazer diferente.
Ainda haverá tempo de abrir o coração para amar e deixar-se amar.
Conhecer novos horizontes, conhecer gente, criar laços e se abrir para um mundo diferente. Enfim, sempre haverá tempo para perder o medo de se mostrar como pessoa, pessoa de alma leve, verdadeira, sem apetrechos, sem aparatos, sem se esconder atrás de bens materiais que o tempo corrói.
Sempre haverá tempo para sorrir, abraçar, se deliciar com a luz do sentimento verdadeiro e a voz do silêncio, jamais será obstáculo, para vivenciar da vida, os bons momentos
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: II projeto de Publicação Premiada
Autora: Leonice Teixeira
Texto número: 50
Autorizo Publicação
VENTO
Hoje, o vento passou por mim,
Não como de costumeiro,
Sacudiu-me com tanta força
Que quase despiu-me por inteira.
Oh! Vento, quanta crueldade!
Passei a vida sendo correta,
E tu me castiga?
Desfolha-me, quantas vezes tu quiseres,
Eu folharei ainda mais bela.
Hoje, despedaça-me,
deixa-me negra como a noite!
amanhã, o sol me iluminará
e tu serás tão somente a recordação
Daquilo que não mais existe,
E, eu estarei pronta,
Para recomeçar e
Deixar de ser triste
[06:43, 04/05/2021] marceloescritor: II Projeto Publicação Premiada
Texto 90
Autor: José Carlos do Carmo
Autorizo Publicação.
O CASO DE FERNANDO JOSÉ
Fernando José tinha todo degrau por livros;
Uma escada por biblioteca, por livraria.
Não galgava mais escadaria alguma, calçado:
Tirava os sapatos, tirava as meias.
Nunca subia um andar pelo elevador
Para não deixar de ver nos degraus
Pilhas de livros;
Para não deixar de sentí-los, de apreciá-los.
Lia livros: poesias e outros.
Fazia suas poesias, imaginava seus livros.
Talvez escrevesse mais do que lia.
Mais, certamente, do que lia, escrevia.
Era a última década do último
Século do milênio segundo.
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